Em caso de catástrofe durante a Copa do Mundo de 2014, Belo Horizonte poderá fazer feio na hora de socorrer as vítimas. Em simulado de acidente promovido nesta terça-feira (22) pela Secretaria de Estado da Saúde, constatou-se que os dois principais prontos-socorros da capital apresentariam falhas no acolhimento dos pacientes.
Vítimas de catástrofe na Copa seriam mal recebidas no HPS e no Risoleta

Algumas vítimas da simulação foram encaminhadas para o João XXIII
Todo um aparato foi montado no Mineirão, onde 151 pessoas encenaram um quadro caótico, resultado da queda de uma arquibancada. Parte das “vítimas” foi levada de ônibus para o João XXIII (HPS), referência em atendimento de urgência e emergência em Minas Gerais. Das 53 pessoas “atendidas” no local, duas “morreram”. O hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, acolheu 41 pessoas, com um “óbito”.
Apesar da simulação, se fosse em uma situação real, a vida dos feridos correria ainda mais riscos. Falhas foram observadas na agilidade e na organização do atendimento, tanto no HPS quanto no Risoleta. Os feridos “graves” chegaram a ficar vários minutos sem nenhum tipo de cuidado, deitados no chão, em frente às unidades. Enquanto isso, pacientes reais também reclamaram da demora do atendimento.
Segundo o consultor da Secretaria de Estado de Saúde na Copa do Mundo, Welfane Cordeiro, o simulado levou ao estresse a capacidade dos hospitais em situações emergenciais. “Tivemos problemas. Porém, serviu para avaliarmos e não deixar acontecer em uma situação real”, afirmou.
Aprovação
O Hospital Municipal Odilon Behrens “socorreu” 50 feridos e o Eduardo de Menezes, dez. Não houve problemas graves nessas unidades. Esse foi o terceiro simulado externo de acidentes realizado em BH, como preparação para a Copa do Mundo, iniciada há dois anos. As outras simulações foram realizadas também no estádio Mineirão e no aeroporto de Confins. Mais um teste está previsto para o ano que vem, antes da Copa.
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